11 de dezembro de 2008

tea time

Para a próxima preparo um bolinho melhor... :):):)
Mas fica o desejo que voltem muitas e muitas vezes, é bom receber-vos e sentir-vos mais perto!

28 de novembro de 2008

sorte...

Hoje o que eu queria mesmo era deitar a cabeça na almofada e dormir... E já agora que a sorte que me tem acompanhado, chegasse a todos, principalmente aos que não me a desejam!

26 de novembro de 2008

que o mundo estivesse nos meus dedos que hoje seja um dia para ser feliz que todos os que me fazem bem, tenham o melhor deste e do outro mundo que os meus sobrinhos sejam sempre felizes que a familia seja A familia que a minha mãe sorria que o meu pai me acompanhe sempre que o Nosso projecto de vida faça sentido que os meus amigos se manifestem e que o Natal seja AMANHÃ!

24 de novembro de 2008

20 de novembro de 2008

Natal - Dia de Natal

Hoje é dia de ser bom. É dia de passar a mão pelo rosto das crianças, de falar e de ouvir com mavioso tom, de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças. É dia de pensar nos outros – coitadinhos – nos que padecem, de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria, de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem, de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria. Comove tanta fraternidade universal. É só abrir o rádio e logo um coro de anjos, como se de anjos fosse, numa toada doce, de violas e banjos, entoa gravemente um hino ao Criador. E mal se extinguem os clamores plangentes, a voz do locutor anuncia o melhor dos detergentes. De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu e as vozes crescem num fervor patético. (Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu? Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.) Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas. Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante. Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante. Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates, com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica, cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates, as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica. Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito, ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores. É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito, como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores. A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento. Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar. E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento e compra – louvado seja o Senhor! – o que nunca tinha pensado comprar. Mas a maior felicidade é a da gente pequena. Naquela véspera santa a sua comoção é tanta, tanta, tanta, que nem dorme serena. Cada menino abre um olhinho na noite incerta para ver se a aurora já está desperta. De manhãzinha, salta da cama, corre à cozinha mesmo em pijama. Ah!!!!!!!!!!Na branda maciezada matutina luz aguarda-o a surpresa do Menino Jesus. Jesus o doce Jesus, o mesmo que nasceu na manjedoura, veio pôr no sapatinhodo Pedrinho uma metralhadora. Que alegria reinou naquela casa em todo o santo dia! O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas, fuzilava tudo com devastadoras rajadas e obrigava as criadas a caírem no chão como se fossem mortas: tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá. Já está! E fazia-as erguer para de novo matá-las. E até mesmo a mamã e o sisudo papá fingiam que caíam crivados de balas. Dia de Confraternização Universal, Dia de Amor, de Paz, de Felicidade, de Sonhos e Venturas. É dia de Natal. Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade. Glória a Deus nas Alturas. António Gedeão(in "Máquina de Fogo", 1961; "Poesias Completas", 1968) não podia vir mais a calhar... e pensar eu que ainda sabia este texto, mesmo tanto tempo depois de o representar... ainda não são votos de bom natal... é só para esfriar o espirito, ou, pelo menos, pensar nele!