29 de janeiro de 2006

um chá p esquecer

Quando nem palavras nossas, nem dos outros, encontramos para exteriorizarmos o que sentimos acho que é muito mau. É que eu gostava exprimir de forma razoável e sintética o que sinto, sem ferir susceptibilidades e de forma compreensivel.
Não há palavras para denunciar esta dor que me invade, este sentimento de angústia, raiva e revolta.

18 de janeiro de 2006

AMIGOS

"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objecto dela se divida em outros afetos, enquanto amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ... A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crónica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos! A gente não faz amigos, reconhece-os." (Vinícius de Moraes) "Adaptação de Francisco Guaraná"
Obrigada pelo envio:)

11 de janeiro de 2006

pois que...

começou um novo ano, um 2006, que guardava em si, o momento mais triste da minha vida (que já partilhei aqui)... e acredito que agora só pode melhorar. e uma vez que acredito, com um ACREDITAR gigante que as coisas são como têm que ser, resta-me ter capacidade para aceitar e aprender com tudo o que já vivi. e assim gostava de fazer votos para que neste ano palavras como "sensatez", "tolerância", "força", "preserverança" e "AMOR" se reflectissem nos meus sentimentos e atitudes. e já agora, se não for demais, gostava também que os que me rodeiam tivessem toda a paz para agirem de acordo com os seus valores e sentimentos, mesmo que não seja o caminho mais fácil.

3 de janeiro de 2006

Avó

Trago na lembrança sons, cheiros, frases, cantilenas, orações, coisas que nunca irei esquecer. Um sorriso, um olhar terno, uns beijinhos, umas festinhas... uma força imensa que me servirá de exemplo para toda a minha vida! quero para sempre recordar e sentir o que sinto hoje! durma bem...